A instalação de uma nova unidade da Foxconn em Jundiaí com incentivos tributários não é suficiente para reduzir o preço do iPad e do iPhone no Brasil.
A cidade do interior de São Paulo já abriga uma fábrica da empresa taiwanesa, que é responsável pela produção de equipamentos de outras marcas, além da Apple.
Uma das imposições feitas ao governo brasileiro é a equiparação do iPad, hoje na categoria dos palm tops, à mesma classificação dos notebooks. A exigência tem relação direta com o valor final dos produtos, mas não é a única medida que pode contribuir para reduzi-lo.
Um dos diretores da Ebit, empresa de informações de comércio eletrônico, Alexandre Umberti, explica que a origem da matéria-prima é determinante.
Segundo ele, se os insumos forem importados os preços vão continuar proibitivos para boa parte da população. Umberti ainda lembra que nem mesmo o iPhone faz parte da vida da maioria dos consumidores no país dos celulares pré-pagos.
Hoje, um iPad custa no Brasil algo em torno de R$ 1.400, mas pode chegar a R$2.400 dependendo do modelo.
Produção de iPads e iPhones
A ginástica tributária, que pode antecipar de novembro para julho a produção de iPads e iPhones no interior paulista, deve ser regulamentada pela Receita Federal.
O governo de São Paulo também estuda uma maneira de contribuir, que pode ser com a isenção de impostos.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paulo Alexandre Barbosa, diz que a renúncia de ICMS é uma alternativa.
A assessoria de comunicação da prefeitura de Jundiaí informou que nenhum representante do governo municipal se pronuncia sobre o assunto.
Há cerca de um ano, a Foxconn solicitou um levantamento dos terrenos disponíveis na cidade para a construção de uma nova unidade da fábrica.
O investimento da empresa para a produção de iPads e iPhones pode chegar a R$19 bilhões. Em 2010, foram vendidas no Brasil 100 mil unidades de mais de uma marca dos chamados tablets ou pranchetas eletrônicas.
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