Reprodução / NowhereElse.fr

Ilustração mostrando como poderá ser o iPhone 5

A ilustração, do site francês Nowhere Else, mostra como poderá ser o iPhone 5

São Paulo — A história é conhecida por todos. Alguém compra um smartphone, tablet ou notebook. Um mês depois, descobre que seu aparelho novinho ficou ultrapassado porque surgiu um modelo muito melhor e mais potente pelo mesmo preço. Isso acontece o tempo todo, e tende a provocar sentimentos negativos no consumidor, que se sente traído pelo fabricante. Mesmo assim, para a indústria de eletrônicos, apresentar novas gerações de produtos a intervalos curtos é crucial para ter sucesso.

Uma história que ilustra muito bem isso é a do iPhone 5, nova geração do smartphone da Apple, prevista para o segundo semestre. A Apple usualmente anuncia uma nova geração do iPhone todos os anos, geralmente no segundo trimestre. No entanto, em março, circularam notícias de que a empresa atrasaria o lançamento do iPhone 5. Imediatamente, os analistas de Wall Street começaram a reajustar para baixo as projeções de resultados da Apple.

O banco de investimento Jefferies, por exemplo, estimou, num relatório divulgado no fim de março, que o atraso deve levar a Apple a vender 15% menos smartphones no período de junho a setembro. Isso fará o número total de smartphones comercializados neste ano fiscal, que termina em setembro, cair 4%. Já a estimativa para o preço das ações da Apple em setembro foi reduzida em 5% pelo banco.

iPhone 5 só em 2012?

Os analistas do Jefferies estão considerando, é claro, que muitas pessoas que poderiam comprar um iPhone nos próximos meses vão escolher outro smartphone se tiverem a percepção de que o aparelho da Apple está ficando ultrapassado. Pode-se extrapolar esse raciocínio perguntando o que aconteceria se o lançamento do iPhone 5 ficasse para 2012 – algo que não deve acontecer. 

Nessa situação imaginária, a Apple não teria um produto atualizado para oferecer durante o período mais forte de vendas, o fim do ano. Alguns consumidores, mais fiéis à marca, esperariam pacientemente pelo iPhone 5. Alguns comprariam o iPhone 4 mesmo defasado. Mas muitos simplesmente escolheriam um smartphone de outro fabricante. E o resultado é que a Apple perderia participação no mercado.

Se a Apple resolvesse baixar o preço para estimular as vendas, o iPhone deixaria de ser um produto premium para competir numa faixa mais baixa do mercado. E a empresa da maçã estaria abrindo mão de sua margem de lucro, com óbvias consequências para seus resultados financeiros. Considerando tudo isso, o mercado tem como certo que o iPhone 5 começa a ser vendido, no máximo, até outubro.

0 comentários

Postar um comentário

Jornal do iPhone. Original design by : Yanku-template | Sponsored by : Tutorial87 / Commentcute / Free Blogger Template