
RIO - O Rio de Janeiro j? deu os primeiros passos rumo a uma cidade conectada sem fio, mas a velocidade ? baixa, as redes s?o inst?veis e o acesso n?o ? amplo, geral e irrestrito. Navegar na internet gratuitamente pela Cidade Maravilhosa ?, muitas vezes, um exerc?cio de paci?ncia. Quando n?o, torna-se um desafio no melhor estilo "Onde est? Wally?". ? que as bolhas de acesso de Wi-Fi (internet r?pida sem fio), especialmente as p?blicas, n?o s?o sinalizadas.
Reportagem do GLOBO testou, com laptop e iPhone, na ?ltima semana, pontos aleat?rios pela cidade: comunidades carentes, orla, vias expressas, shopping centers, livrarias, caf?s, restaurantes, aeroportos... A constata??o ? que falta muito ainda para garantir acesso em qualquer hora e lugar.
TWITTER :Siga o @DigitaleMidiaEnquanto os moradores do Santa Marta, em Botafogo, acessam a internet sem dificuldades - independentemente do ponto em que estejam na comunidade -, os frequentadores da orla, do Leme ao Leblon, e os motoristas que transitam diariamente pelas avenidas Brasil e Presidente Vargas enfrentam uma verdadeira via-cr?cis para entrar na rede. O secret?rio de Ci?ncia e Tecnologia do Estado do Rio, Alexandre Cardoso, garante que a situa??o vai estar solucionada em junho, quando ser? contratada uma empresa de manuten??o.
Vandalismo e oxida??o d?o 'pau' na rede- Vandalismo na Avenida Brasil e oxida??o das antenas na orla s?o os maiores entraves que enfrentamos no Rio Estado Digital. Dos 58 quil?metros da Avenida Brasil, cerca de metade deles sofreu ataque de v?ndalos, que roubam os fios de fibra ?ptica - justificou Cardoso, explicando o porqu? de o acesso nestes locais ser deficiente.
Operado em parceria com um pool de universidades, o projeto Rio Estado Digital ? acessado diariamente por 27 mil usu?rios, dos quais quatro mil deles simultaneamente. A PUC ? parceira do projeto na Rocinha, no condom?nio do PAC em Manguinhos, no Santa Marta, na Cidade de Deus, no Pav?o-Pav?ozinho/Cantagalo, na Rua Teresa e na Sernambetiba. Avenidas Brasil e Presidente Vargas, Morro da Provid?ncia, Porto Maravilha e Sapuca? est?o sob a responsabilidade da Uerj, enquanto a UFF cuida da Baixada Fluminense; a UFRJ, da orla; e o Instituto Militar de Engenharia (IME), da Vila Militar.
- N?o trago mais o laptop todos os dias para o trabalho, porque o Wi-Fi na orla de Copacabana n?o est? funcionando h? uns seis meses- comenta Willian Barboza, morador de Campo Grande, que costumava navegar na internet nos dias de chuva, quando os clientes tendem a sumir do quiosque onde trabalha, em frente ao Copacabana Palace.
J? Marcelo Alves, dono de uma serralheria, e a estudante Yzabelle de Assis Silva, ambos moradores do Santa Marta, n?o t?m do que reclamar do acesso gratuito ? internet. Na comunidade, o acesso ? r?pido. Ele usa laptop para estudar para o curso de Direito. Ela aproveita o Wi-Fi para enviar e-mail e navegar em MSN, Orkut e Google.
- Aqui a conex?o ? r?pida e eu n?o tenho dinheiro para comprar um modem 3G - conta Yzabelle, que est? desempregada e mora com a av?.
Escrit?rio de consultor ? dentro do shoppingO consultor de restaurantes Eduardo Felipe, por sua vez, ? frequentador ass?duo do Shopping Leblon. Morador do bairro, ele n?o se considera um consumidor compulsivo. Ao contr?rio. O que atrai esse carioca ao local ? o servi?o Wi-Fi gratuito oferecido pelo shopping.

- Como trabalho em casa, transformei o Shopping Leblon no meu escrit?rio. Costumo dar expediente de sete a oito horas di?rias - comenta Felipe, acrescentando que, de t?o ass?duo, nem precisa mais desligar o laptop e guard?-lo quando vai se ausentar por pouco tempo. - Tenho um modem 3G, mas acabo usando menos para economizar.
Alguns shoppings, como o BarraShopping e o New York City Center, n?o t?m internet gratuita, mas muitas lojas oferecem o acesso sem cobrar. O mesmo ocorre no RioSul, onde restaurantes, lanchonetes e livrarias t?m o servi?o.
- A internet tem de ser entendida como um servi?o b?sico - teoriza Ivan de Souza, que trabalha num empresa de servi?os digitais. - O acesso no Rio ainda ? pouco disseminado e a navega??o, muito lenta.
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