A Foxconn, empresa terceirizada da Apple que produz parte dos componentes dos tablets e dos iPhones da empresa, anunciou investimento de cerca de R$ 19,1 bilhões (US$ 12 bilhões) no Brasil para a construção de uma grande fábrica. No entanto, a corporação taiwanesa ainda não decidiu onde vai construir sua “cidade inteligente”, afirmou nesta quinta-feira (26) o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

- Eles já estão há nove anos nos Brasil e têm 6.000 trabalhadores no país. O que eles disseram é que a planta para fazer um tipo de tablet, esse iPad, e o iPhone, será uma planta na cidade de Jundiaí, onde já estão instalados. Mas o grande investimento, a cidade inteligente, não está definido nem o Estado e muito menos o município.

De acordo com o ministro, existe uma série de exigências da empresa para a instalação da unidade no Brasil, que vai ocupar uma área semelhante a cinco estádios do Morumbi.

- Há uma área que eles levantaram que tem 50 km quadrados. Tem que ter estrada, aeroporto internacional, muita banda larga, muita energia e, enfim, uma série de outras condições. Tem uma equipe técnica do governo negociando com eles toda a agenda de investimentos e também a definição da área.

Segundo o ministro, a ampliação dessa unidade que já existe em Jundiaí é o primeiro passo para a ampliação da indústria de alta tecnologia no país.

- O investimento maior, que é a cidade inteligente, vai ter toda a verticalização dessa produção, onde vamos buscar a indústria de semicondutores, que não temos, e a indústria de display. É um investimento muito complexo, muito grande.

A ampliação da unidade de Jundiaí e a chegada de uma mega-fábrica de componentes eletrônicos ao país é fruto na visita da presidente Dilma Rousseff à China no início do ano.

Estimativas preliminares do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) indicam que a nova planta da Foxconn será capaz de criar 100 mil novas vagas de trabalho no país.
Ministro manda recado para setor privado

Durante participação em evento da indústria em São Paulo, Mercadante alertou que, se o Brasil quiser alavancar a economia, vai precisar do apoio das inovações tecnológicas. Para isso, o ministro propôs algumas mudanças na estrutura de pesquisa e desenvolvimento do país. 

- Se nós quisermos avançar na economia, precisamos fazer pesquisa e desenvolvimento, ao aproximar a universidade da indústria, criar uma Embrapa da indústria, uma instituição que seja focada na inovação, fortalecer a Finep para que seja um banco da inovação; e melhorar os incentivos fiscais para atrair mais investimentos privados.

O ministro aproveitou a ocasião para falar que o Estado brasileiro está fazendo a sua parte e cabe aos empresários reservar parte de seus investimentos para a área de ciência e tecnologia.

- O que falta é o empresariado brasileiro investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O Estado está dentro dos parâmetros internacionais. É o setor privado que está muito defasado.

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