China e Argentina - Correio do Brasil

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17/5/2011 12:40,  Por José Dirceu

A propósito das nossas relações comerciais internacionais, Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, informou, ontem, que o volume de investimento chinês no Brasil este ano deve chegar a US$ 8 bi. O valor inclui os planos anunciados pela Foxconn para a montagem do iPhone e iPad em uma fábrica em São Paulo.

Investimentos em fábricas no Brasil são bem-vindos, principalmente nas duas áreas da Tecnologia da Informação e de máquinas pesadas. No entanto, temos alguns problemas com os chineses. De um lado, está a concorrência que fazem à indústria nacional. De outro, a nossa pauta de exportação precisa se renovar. Por enquanto, ela, infelizmente, se baseia basicamente em commodities. Como o seu volume é respeitável – estimativas do ministério apontam que as exportações brasileiras para a China deverão crescer mais de 20% este ano sobre os US$ 30 bi do ano passado- essa é uma questão que só se resolverá no médio prazo.

Ainda sobre a China, há algo novo em pauta: a possibilidade da substituição do dólar nas transações bilaterais por uma cesta de moedas, a ser acordada pelas partes. Lógico que isso, também, só será possível no médio prazo. (No longo prazo todos estaremos no céu.)

Argentina e MERCOSUL

Nos últimos dias, outro tópico nos chama a atenção sobre nossas relações comerciais. Ele diz respeito à Argentina. Fizemos o que tinha que ser feito em relação a Buenos Aires. De fato, o episódio sobre a não concessão automática de licenças de importação (leia mais) derivou do abuso à paciência e à tolerância naturais que temos para com um vizinho e aliado. No entanto, a questão, na verdade, é mais grave do que aparenta à superfície. Envolve um balanço do MERCOSUL. Implica, também, na política de integração industrial regional.

Precisamos, por parte de Buenos Aires, de uma definição sobre sua estratégia de desenvolvimento nacional. Sua política ainda não está madura. Afinal, o país que sobreviveu a mais sangrenta das ditaduras, mal saiu de uma das piores crises de sua história. Quase foi destruído pela irresponsabilidade de governos liberais do pior estilo, a serviço do capitalismo financeiro puro.



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